segunda-feira, 5 de novembro de 2012



Dicas - Teatro Rio de Janeiro

'Gonzagão - A lenda' Um musical de João Falcão

9 de outubro a 16 de dezembro de 2012, no SESC Ginástico
Gonzagão - A lenda Um musical de João Falcão
Foto: Silvana Marques
Por Assessoria - Daniella Cavalcanti
Como em qualquer história de homem que vira mito, a vida de Luiz Gonzaga tem passagens em que as versões de seus biógrafos não batem, em que realidade e fantasia se confundem. Desde que foi convidado pela produtora Andrea Alves, da Sarau Agência de Cultura Brasileira, há dois anos, para criar um musical sobre o rei do baião, o autor e diretor João Falcão se sentiu livre para tratar mais do mito do que do homem. O resultado é “Gonzagão – A lenda”, espetáculo que estreia em 19 de outubro no Teatro Sesc Ginástico, no Rio.

“É a história de Luiz Gonzaga, mas não é Wikipédia”, diz João Falcão, que evitou qualquer didatismo na construção do texto, embora tenha lido vários livros sobre um dos artistas mais importantes da música brasileira, morto em 2 de agosto de 1989 e cujo centenário de nascimento se completa no próximo dia 13 de dezembro.

A opção por uma abordagem teatral, não enciclopédica, fica explícita logo no início da peça, quando uma trupe se apresenta para contar a “lenda do Rei Luiz”. Os atores desta trupe anunciam que encenarão uma história iniciada “no sertão do Araripe lá pelos idos do século XX”.

INFORMAÇÕES 
Temporada: de 19 de outubro a 16 de dezembro de 2012 
Horário: de quinta a domingo, às 19h (sessão extra: dia 26/10 – sexta, às 12h30) Ingresso: Quinta e Sexta – R$ 24,00 (inteira) / R$ 12,00 (meia) / R$ 5,00 (comerciário) / Sábados e Domingos – R$ 32,00 (inteira) / R$ 16,00 (meia) / R$ 5,00 (comerciário) Classificação etária: 12 anos. Duração: 120 minutos

LOCAL - Teatro SESC Ginástico (Capacidade: 513 lugares) 
Avenida Graça Aranha, 187 - Centro
Bilheteria: de terça a domingo, das 13h às 20h. Telefone (21) 2279-4027.www.sescrio.org.br

“Eles estão no futuro, mas tudo é meio arcaico. 
Não se localiza a época”, diz João.

A atemporalidade vem acompanhada de uma proposital imprecisão espacial. Mas é claro que as referências são maciçamente nordestinas, sobretudo pernambucanas. Luiz Gonzaga nasceu no município de Exu, de onde saiu aos 17 anos para ganhar o mundo. João Falcão também é de Pernambuco, da cidade de São Lourenço da Mata, onde vivia numa usina de cana de açúcar, a Tiuma.

“A festa mais importante da minha casa era a de São João, e São João era Luiz Gonzaga. Ele era patrimônio do povo, mais do que qualquer outro artista, mais do que Roberto Carlos. Poucas músicas que estou usando no espetáculo descobri agora. A maioria eu sabia de cor, já sabia tocar. Luiz Gonzaga é o fundo musical do Nordeste”, conta ele, que também é compositor.

A trupe da peça é formada por oito homens (Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Eduardo Rios, Fabio Enriquez, Marcelo Mimoso, Paulo de Melo, Renato Luciano, Ricca de Barros, todos revezando-se nos vários papéis, inclusive no de Gonzaga) e apenas uma mulher,Laila Garin. Vista primeiramente como um homem (evocação de Diadorim, Luzia Homem e outras famosas personagens da literatura de sertão), ela se infiltra naquele ambiente que era apenas masculino e vai perturbá-lo. É uma trama paralela à de Luiz Gonzaga.

Na história do rei do baião, João se permitiu rebatizar duas mulheres importantes da vida do músico, Nazarena (o primeiro grande amor) e Odaléa (a mãe de Gonzaguinha, de quem Gonzagão assumiu a paternidade, embora fosse estéril, e deu para um casal criar) como Rosinha e Morena, respectivamente, nomes que aparecem em músicas do compositor. E ainda se permitiu criar um encontro que nunca aconteceu: Luiz Gonzaga e Lampião, dois mitos nordestinos.

Também há espaço, naturalmente, para se falar da originalidade de Gonzaga, um artista que, a partir dos ensinamentos de seu pai, Januário, criou em sua sanfona um gênero, o baião, e o transformou em sucesso e patrimônio nacionais.

“Ele não só levou o baião para o Brasil inteiro, mas trouxe as linguagens do Nordeste para a sua obra, principalmente a partir da parceria com Humberto Teixeira. Foi um movimento pensado. Sua música é muito sofisticada e, ao mesmo tempo, parece que sempre existiu, como se não tivesse sido criada por alguém. Mas foi ele quem organizou tudo”, ressalta João.

Dentre as mais de 50 canções que estão na peça, há sucessos como “Cintura fina”, “O xote das meninas”, “Qui nem jiló”, “Baião”, “Pau-de-arara” e sua mais célebre criação, “Asa branca”. De acordo com a linha não dogmática de todo o espetáculo, o diretor musicalAlexandre Elias não ficou preso à estrutura básica do forró, que é sanfona-triângulo-zabumba. No conjunto de quatro instrumentistas que atua no palco, há, além do sanfoneiro (Rafael Meninão) e do percussionista (Rick De La Torre), um violoncelista (Hudson Lima) e um rabequeiro e violeiro (Beto Lemos), que chega a tocar viola de 10 cordas como se estivesse tocando guitarra.

“É o que estamos chamando de baião tarja preta, porque é meio rock em um ou outro momento”, diz Elias, um dos responsáveis por sucessos como “Tim Maia – Vale tudo, o musical”.

Rafael Meninão é um carioca filho de pais nascidos em Exu e decidiu se tornar sanfoneiro, no início da adolescência, após ouvir Luiz Gonzaga no rádio. Aos 21 anos, integra o grupo Rapacuia, acompanha artistas como Moraes Moreira e Daniel Gonzaga – que o indicou para o espetáculo sobre o avô – e é considerado uma das principais revelações do instrumento no país. 
“Eu queria ser jogador de futebol. Se não fosse Luiz Gonzaga, não teria virado músico. Aprendi sozinho, ouvindo os discos dele”, conta.

Meninão – o apelido veio aos 13 anos, pois ele era alto para a idade – tem algo em comum com Marcelo Mimoso, que narrará boa parte da história de Gonzaga no palco e cantará a maioria das músicas: ambos nunca tinham assistido a uma peça antes de serem chamados para “Gonzagão – A lenda”. Filho de sanfoneiro, Mimoso (ele fez parte do grupo Os Mimosos, daí o apelido) é taxista e, também, cantor de forró. Foi descoberto por João Falcão numa noite em que se apresentava num bar da Lapa. 
“Já pensei em largar tudo e viver só do táxi. Mas aí surge um convite como esse. Deixei até o táxi de lado, por enquanto”, diz ele.

O elenco de “Gonzagão – A lenda” entra em estúdio pouco depois da estreia para gravar um CD com 20 músicas que estão na trilha da peça. O disco será lançado em dezembro, perto do centenário do compositor. A Sarau também está produzindo, com direção de Daniel Gonzaga, uma série de shows que começou em Brasília e chega em outubro a São Paulo.

Texto e direção: João Falcão

Elenco: Marcelo Mimoso, Laila Garin, Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Eduardo Rios, Fabio Enriquez, Paulo de Melo, Renato Luciano e Ricca de Barros. Músicos: Beto Lemos, Hudson Lima, Rick De La Torre, Rafael Meninão e Marcelo Guerini

INFORMAÇÕES 
Temporada: de 19 de outubro a 16 de dezembro de 2012 
Horário: de quinta a domingo, às 19h (sessão extra: dia 26/10 – sexta, às 12h30) Ingresso: Quinta e Sexta – R$ 24,00 (inteira) / R$ 12,00 (meia) / R$ 5,00 (comerciário) / Sábados e Domingos – R$ 32,00 (inteira) / R$ 16,00 (meia) / R$ 5,00 (comerciário) Classificação etária: 12 anos. Duração: 120 minutos

LOCAL - Teatro SESC Ginástico (Capacidade: 513 lugares) 
Avenida Graça Aranha, 187 - Centro
Bilheteria: de terça a domingo, das 13h às 20h. Telefone (21) 2279-4027.www.sescrio.org.br


Dicas - Exposições Rio de Janeiro

Antonio Bokel e a Transfiguração do Rastro

Antonio Bokel e a Transfiguração do Rastro
Antonio Bokel - Mulata Blobeleza | by divulgação
Por Mônica Villela / META Companhia de Imprensa
Bokel vem se destacando no cenário das artes visuais carioca, reconhecido por absorver e reproduzir a estética e a linguagem das ruas. Ao lado de nomes como Joana César e Alê Souto, utiliza o espaço e caos urbano como suporte para intervenções e matéria prima para suas obras. Pinturas e esculturas entrecruzam a influência de tradições como o expressionismo abstrato norte americano e o grafite, com uma leitura lúcida do cotidiano do Rio. A agressividade estética dos estímulos da cidade, com todas as suas cores, ruídos e propagandas, são revertidos em leituras e intervenções que decantam a artificialidade de um mundo de escolhas e identidades pré-produzidas e fragmentárias.

Em Transfiguração do Rastro, Antonio explora as ambiguidades e contradições de sua trajetória errante, chamada (adequadamente) de rastro. Dividida em duas fases – e duas salas – a exposição explora ainda a ruptura entre dois momentos da obra do artista. Revisitando seus primeiros trabalhos - mais interessados em reagir à violência figurativa das ruas - encontramos um lado mais escuro, comprometido com intervenções urbanas, como grafite e colagens, e quadros repletos de cores e criaturas que reproduzem as deformações do real. Esse conjunto será exposto em um ambiente escurecido, destacando a negatividade como matriz criativa.

No segundo ambiente, uma sala branca, o foco será na produção recente, mais madura, minimalista e objetiva. O mesmo traço, o mesmo impulso criativo canalizado a partir do caos urbano, mas limpo do excesso de cores e sensações, traduzindo uma mudança na incorporação dos estímulos.

Em ambas as salas, encontramos o mesmo artista – não dividido por estilos que se sucedem, mas refletindo e estilizando o próprio fazer artístico; afirmando e, ao mesmo tempo, subvertendo a produção de sentido supostamente regular do seu tempo.

Em novembro, o artista e os curadores receberão o professor de história Paulo Knaus para uma mesa-­redonda com a também curadora Vanda Klabin. Na ocasião, será discutida não só a obra de Antonio Bokel, mas inclusive a conjuntura da produção contemporânea relacionada à estética urbana no Brasil.

Os Curadores:

Bruno Garcia é graduado em História, com mestrado em Sociologia pela Universidade Masarykova de Brno, República Tcheca. É pesquisador da Revista de História da Biblioteca Nacional e autor de diversos artigos sobre literatura, arte e movimentos sociais. Há mais de três anos, acompanha Bokel, escrevendo apresentações para exposições como Cruzes e Credos (2010), na Galeria Jaime Portas Villaseca.

Rodrigo Elias é graduado, mestre e doutorando em História pela Universidade Federal Fluminense. Professor de ensino superior e coordenador de pesquisa da Revista de História da Biblioteca Nacional, é autor de textos em diversas línguas sobre história cultural, especialmente gastronomia, cinema, teatro, arquitetura, filosofia e arte. Em 2012, participou da pesquisa para exposição permanente do Paço Imperial.

INFORMAÇÕES
Datas: De 28 de setembro a 02 de dezembro de 2012 | Horários: Ter a sex, das 11h às 18h / sáb, dom e feriados, das 11h às 17h 

LOCAL - Centro Municipal de Arte Helio Oiticica/ Espaço Experimental 
Rua Luís de Camões, 68 - Centro Tels: (21) 2232-4213 / 2232-2213



Entrada Franca - Rio de Janeiro

'Zé Renato para crianças'

Zé Renato
Foto: divulgação


Depois de projetos homenageando grandes sambistas como Noel Rosa e Zé Keti, o cantor e compositor Zé Renato volta a se dedicar ao público infantil. Ele apresenta um show baseado nos repertórios dos premiados discos “Samba pras crianças”(2003) e “Forró pras crianças” (2006). .

Resultado de uma pesquisa do músico pelo universo das canções populares brasileiras, Zé Renato encontrou nos clássicos do samba e no repertório de Jackson do Pandeiro lindas e divertidas canções para os pequenos. No roteiro do show, estão incluídas “Cantiga do sapo”, “Sebastiana”, “Marinheiro só″ e “Eu não tenho onde morar”, além de “A casa” e “O Ar” e outras músicas consagradas nos discos de Vinícius “Arca de Noé 1 e 2“, que Zé Renato participou como integrante do Boca Livre nos anos 80.

INFORMAÇÕES - ZÉ Renato para crianças
Local: SESC São João de Meriti
Data: 18 de outubro de 2012, às 15h.
Preço: Entrada franca.

sábado, 3 de novembro de 2012

MBB online chegando com blog!

Agora você que quer ouvir uma boa música enquanto navega na internet, bate-papo com amigos, estuda, ou simplesmente passa seu tempo, vai poder fazer tudo isso aqui no nosso blog.
Através do blog vocês vão poder conhecer a nossa programação, vai ficar sabendo de eventos culturais, e vai poder dar a sua opinião, nos ajudando assim a trazer o que há de melhor na nossa música.
Aproveite para curtir e compartilhar nosso blog com seus amigos, e logo logo teremos surpresas, como por exemplo: sorteios de brindes, ingressos para shows, tudo isso só depende de você, quanto mais gente ouvindo a nossa rádio mais patrocínio teremos.
Um abraço e boa música pra você.